Casal de mulheres vai formalizar união para depois dissolvê-la legalmente

Divórcio gay também se formaliza e garante benefícios

Em Franca, casal de mulheres vai formalizar união para depois dissolvê-la legalmente

Duas mulheres que passaram 13 anos morando juntas resolveram se separar este ano, mas querem garantir os benefícios que a união estável proporciona aos casais homossexuais.

Para isto, Teresinha Geraldo Lisboa, Terê, 51, e Márcia Pompeu Sousa, 47, resolveram entrar na Justiça com um pedido de união estável e posterior dissolução.

"É um direito delas como núcleo familiar requerer o reconhecimento da união estável efetiva para poderem fazer a partilha dos bens", diz o advogado Mansur Jorge Said Filho, que as representa.

De acordo com o advogado, a convivência do casal era pública e este é um dos principais requisitos para que a Justiça conceda a união estável.

"Todos da cidade têm conhecimento que a Terê e a Márcia viviam juntas e que resolveram se separar de maneira consensual", disse.

Terê afirma que a separação é consensual e relembra com carinho os primeiros momentos em que ela e a companheira se conheceram em São Paulo.

"Trabalhávamos em uma gráfica e nos interessamos uma pela outra. O amor aconteceu de uma maneira natural e tivemos momentos felizes", afirma.

Ela conta que, após se apaixonarem, resolveram mudar para Franca onde construíram uma vida sólida e estável.

"Temos duas casas e o carro, e, como vamos nos separar, temos que dividir igualmente", ela explica.

A amizade, segundo ela, continua sem o contato físico. Mas elas fazem questão de manter um trabalho social na cidade, distribuindo alimentos, remédios e fraldas à população carente.

"Ainda passamos o dia juntas, conversamos, e, para mim, não tem sido fácil porque da minha parte ainda existe amor, mas com o tempo eu vou superar", disse Terê.

 

Fonte : Jornal A Cidade

Data Publicação : 07/02/2012


Extraído de ArpenSP

Notícias

TJ-MG concede a quebra de sigilo bancário em uma ação de divórcio

Cadê o dinheiro? TJ-MG concede a quebra de sigilo bancário em uma ação de divórcio 4 de fevereiro de 2025, 19h12 Ao decidir, o desembargador entendeu que estavam presentes no caso os requisitos do artigo 300 do Código de Processo Civil para a concessão de pedido liminar: probabilidade do direito e...

STJ: Partilha em que filho recebeu R$ 700 mil e filha R$ 39 mil é nula

Doação inoficiosa STJ: Partilha em que filho recebeu R$ 700 mil e filha R$ 39 mil é nula Relatora, ministra Nancy Andrighi, ressaltou a necessidade de respeitar a legítima dos herdeiros. Da Redação terça-feira, 4 de fevereiro de 2025 Atualizado às 18:04 STJ declarou nula partilha em vida realizada...

Planejamento sucessório: o risco da inércia da holding

Planejamento sucessório: o risco da inércia da holding No universo do planejamento sucessório, a ferramenta que certamente ganhou mais atenção nos últimos tempos foi a holding. Impulsionada pelas redes sociais e por um marketing sedutor, a holding tornou-se figurinha carimbada como um produto capaz...

Bloqueio de imóvel pela Justiça agora é seletivo: veja o que mudou

Bloqueio de imóvel pela Justiça agora é seletivo: veja o que mudou Novo sistema dos cartórios permite aos juízes escolher os bens de acordo com o valor para serem bloqueados, cobrindo apenas o valor da dívida Anna França 30/01/2025 15h00 • Atualizado 5 dias atrás O avanço da digitalização dos...